ABSTRACT
A proposta deste estudo foi avaliar a estabilidade química do formaldeído em soluções de formocresol de uso odontológico e correlacioná-la com o prazo de validade dos produtos. Quatro soluções de formocresol foram avaliadas: A-Iodontec; B-Inodon; C-Macroquímica; D-Farmácia de Manipulação - ULBRA (solução controle). Empregou-se o método de titulometria de neutralização por excesso, com o qual fizeram-se quatro aferições (6, 12, 18 e 24 meses após fabricação). Em cada aferição foi aberto um novo frasco de 10ml (soluções A, B e C). A solução D foi acondicionada em um único frasco de 1000ml e nesta fizeram-se aferições mensais nos primeiros cinco meses, além dos períodos descritos acima. o limite de variação na solução de formaldeído aceito foi de 17,1% até 20,9%. Comparando os valores iniciais com a concentração aferida aos dois anos de fabricação, as seguintes concentrações de formaldeído foram obtidas, respectivamente: A- 19% e 17%; B- 19% e 16,81%; C- 19% e 16,85%; D- 18,98% e 16,75%. Na solução D, obteve-se uma concentração de 17,09% já no quinto mês de avaliação. Concluiu-se que houve um decréscimo na concentração do formaldeído após dois anos de fabricação das soluções, mantendo-se levemente abaixo dos limites aceitáveis; assim, o tempo de uso dos produtos deve ser questionado, considerando a manipulação destes na clínica, sugerindo-se que constem no rótulo diferentes prazos de validade, em função da quebra ou não do lacre de vedamento nas soluções